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A importância de criar crianças solidárias A importância de criar crianças solidárias

A importância de criar crianças solidárias

Em épocas tendencialmente materialistas, importa, mais que nunca, fomentar o espírito solidário. Para os adultos, importam as campanhas publicitárias que nos recordam que, pelo menos uma vez por ano, devemos contribuir para o bem-estar da sociedade, em geral, com a nossa solidariedade.

Para as crianças, importa a educação. O espírito solidário deve ser incutido desde muito cedo para que fique enraizado nas crianças e para que seja tão natural ajudar quem precisa, como deve ser natural o respeito pela integridade dos colegas.

Devia constar das regras da sala de aula e fazer parte da lista onde estão outras como “não correr”, “respeitar a professora” ou “deixar tudo arrumado”. O simples ato de emprestar material ao colega que se esqueceu, de partilhar o lanche com quem não tem é mais do que ato de solidariedade. É, acima de tudo, um ato de humanidade.

Num mundo mecanizado, neste que é o das consolas, dos jogos e do domínio dos smartphones; em que se fala mais com os amigos através dos auscultadores do que cara-a-cara, nunca foi tão importante relembrar e estimular os atos de humanidade.

Estando cada vez menos em contacto com os outros, com realidades diferentes da nossa, acabamos por viver numa bolha mascarada por um qualquer fundo artificial de uma ferramenta de vídeo conferência.

As crianças ainda não chegaram a essa fase, mas também criam as suas bolhas virtuais nos cenários do Minecraft ou outros semelhantes. Ninguém sabe o que se passa por detrás daqueles gráficos mirabolantes.

Os mais pequenos, também pouco ou nada são confrontados com cenários que não os das suas aconchegantes casas. Têm, regra geral, o quarto bem apetrechado de brinquedos, tantos que chegam para ultrapassar a dose diária recomendada de estímulos sensoriais.

Qual o impacto do confronto com realidades de outras crianças que não se assemelham às suas? Não necessariamente por estarem inseridas num contexto familiar com menor posse financeira, mas também por terem diferentes origens, padrões culturais ou diferentes línguas.

O confronto cultural e social é meio caminho andado para nos fazer perceber (e às crianças também), que existe outra realidade para além da nossa, que merece o nosso respeito e atenção. Se se dá o caso de que, o resultado desse confronto é a perceção de que há, do outro lado, algum défice (seja que de que natureza for) e que podemos contribuir para colmatar esse défice, então que a reação seja óbvia e instintiva.

Crianças que são capazes de agir em defesa de outras, que são capazes de ceder / abdicar das suas coisas em prol do bem-estar alheio são crianças fortes agora e mais ainda no futuro. Seguras de si mesmas, focadas em valores imateriais que se traduzem nas tão aclamadas soft skills que se querem hoje em qualquer empresa. A importância de saber trabalhar em equipa, de ser um bom colega, perspicaz, ágil e proativo. Todas estas e muitas outras competências começam com uma educação baseada em valores solidários que se devem estimular não só (mas especialmente!) nas épocas mais materialistas!

Estimular a solidariedade no Natal

Este texto, que vem muito a propósito do Natal, não ficaria completo sem abordar este tema mais diretamente. Depois do que leu acima, deve perceber a importância de aproveitar épocas festivas como esta, para trazer à tona o melhor do espírito solidário do seu filho/a. Como?

Damos-lhe 4 dicas de como desviar a atenção exclusiva das prendas que vai receber na noite mais esperada do ano para as crianças.

  1. Fábrica de Presentes em casa - Ponha o seu filho a “vestir” o fato do Pai Natal e a fazer ele/a as prendas que quer dar à família, às educadoras / professoras, ou mesmo aos amigos. É a altura ideal para estimular também a criatividade e relembrar a importância de conceitos como a reciclagem. Inspire-se aqui num presente de Natal que pode ajudar a fazer com recursos que facilmente arranja aí em casa.
  2. Histórias de Natal – a leitura em geral e o conto de histórias mais em concreto será sempre das melhores e mais subtis maneiras de ensinar. Para que os mais pequenos percebam o que é “isto” afinal do espírito solidário, pode ler com eles contos como “O Espírito de Natal” de José Letria ou a “Noite de Natal” de Sophia Mello Breyner.
  3. Doar brinquedos ou roupa – é sempre uma excelente e impactante forma das crianças perceberem que há quem não tenha o que elas dão por garantido. Esta pode ser uma tarefa difícil uma vez que, mesmo que o seu filho/a já não brinque com determinada coisa há muito tempo, o sentimento de pertença está lá e dificilmente se vai querer desfazer do brinquedo para dar a outra criança. Conversem bem e explique a importância desta atitude para gerir melhor as emoções contraditórias que vão surgir. Escolham os brinquedos / roupa em conjunto e entreguem, de preferência, em mãos para a criança perceber o impacto positivo da sua ação. É fácil pesquisar por instituições perto da sua zona de residência para pôr esta dica em prática.
  4. Voluntariado – tem um efeito semelhante à sugestão acima, mas, como implica a doação de tempo, é ainda mais impactante. Pode até revelar-se numa atividade divertida para fazerem juntos e passar algum tempo de qualidade em família. Algumas das opções mais comuns são a participação nas campanhas do Banco Alimentar ou mesmo em ações promovidas pela Just a Change.

Claro que a solidariedade e todas as outras características que o seu filho/a tem devem ser recompensadas e, por isso, aconselhamos também a si, enquanto pai/mãe, a ter uma consciência solidária. Quando comprar os presentes para as crianças, pense em presentes ecológicos e cujas receitas revertam a favor de causas que fazem a diferença.

Claro que a solidariedade e todas as outras características que o seu filho/a tem devem ser recompensadas e, por isso, aconselhamos também a si, enquanto pai/mãe, a ter uma consciência solidária. Quando comprar os presentes para as crianças, pense em presentes ecológicos e cujas receitas revertam a favor de causas que fazem a diferença. Na Minimoon, ao comprar artigos como este, está a contribuir para a manutenção dos oceanos.

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